E daí, que tenho eu a ver com seus defeitos? Muito mais fácil pra mim julgar você e te interpretar do jeito que me parece melhor. Afinal, humanos não humanos; são egoistas, mentirosos, preocupam-se com seus próprios ventres e vivem num mundo de hipocrisia e fingimento, um mundo de traição. Mundinho…
Essa essência é ser vingativo. É ter a esperança de que o mundo gire e o ponha acima dos que ofenderam, magoaram. Por que interessar-se por alguém que é feio? Negro, baixinho, gordo, magrelo, albino…? Não satisfaz conhecer alguém que tem deficiência. Quem se interessa por esse povo egoísta e nojento, que só enxerga seu próprio mundo e suas razões?
Mundinho… “Amigos, amigos, problemas a parte. Cada um com seus problemas. Pois de que vale os que estao perto, desde que eu esteja bem?”
E depois, o que resta? Pó, é pó! É o que são, é o que sempre serão. O que diferencia o pó de outro pó? Deviam ter aceitado as pessoas como elas são.
Mas não, enquanto viver, terá sua preferência em distinguir o bom do mau, o branco do negro, o inteligente do rude. Essa é a essência.
Mas a nobreza nao pode permitir fazer disso o ponto de referencia. Nao permite-se, ou até permite-se por um tempo, em seguida afoga-se na realidade de que em essência, tudo é sujo.
Tudo é átomo. O mesmo que estava num monturo ontem, é o que o constitui. Monturo…
Se soubesse a real diferença entre o que é precioso e o que não. Mas não sabem. Quando souberem já não poderão fazer nada a respeito. Deviam ter se importado menos com problemas pequenos.
Que triste! Volte-se, compre um espelho, todos vocês. Olhem-se, vejam em seus olhos. Vejam sua alma nos seus olhos. Mas não enxergam, e nunca o farão. Detidos em suas próprias verdade, em suas próprias razões.
A pior parte de ser um anjo é quando ele vai se tornando humano. O difícil é fingir ser humano, ser um pouco anjo e não saber ser nenhum dos dois. É não querer ser, simplesmente não querer ser.
And about you? What do you says? Baruch haba b’shem adon!
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